BOLETIM ECOSYS


Volume 2, Edição 6 Extra Últimas Notícias 15 de Março de 1999


 

Inflação é de 4,44% em fevereiro

A inflação de fevereiro foi de 4,44%, segundo o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que mediu a evolução dos preços entre os dias 1 e 28 do mês passado e foi divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice foi 3,29 pontos porcentuais acima do resultado de janeiro (1,15%).
A inflação acumulada nos últimos 12 meses pelo IGP-DI é de 6,48%, mas somente os dois primeiros meses deste ano responderam por 5,64%. O índice de fevereiro foi o maior registrado pela FGV-RJ desde julho de 1994, no início do Plano Real, que foi 5,47%.
Os preços no atacado, que têm maior peso no cálculo do índice, foram os grandes responsáveis pela alta da inflação, com elevação de 6,99% - 5,41 pontos porcentuais acima do registrado em janeiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 1,41% e o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), de 0,98%.

Indústria paulista demite mais de 11 mil

 

O nível de emprego da indústria paulista em fevereiro caiu 0,71%, o que significa a perda de aproximadamente 11.575 postos de trabalho. No acumulado do ano, o nível de emprego já caiu 1,74%, correspondendo a 28.519 vagas eliminadas. Em 12 meses, a queda é de 7,20%, representando 121.376 postos de trabalho. Desde julho de 94, início do Plano Real, o emprego da indústria paulista caiu 24,79%, com saldo de demissões de 535.340.
O levantamento foi divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os setores que mais demitiram foram os de Esquadrias e Construções Metálicas (-4 42%) e o de Calçados (-3,13%). Os dados de fevereiro indicam que o volume de demissões diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, pois em janeiro a taxa foi de -1,03% e em dezembro do ano passado de -1,12%.

 

FHC : A maioria é contra

A avaliação positiva do presidente Fernando Henrique Cardoso caiu de 27% em janeiro para 19% em fevereiro, de acordo com uma pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Instituto Vox Populi.

Também caiu a confiança da população no governo federal: enquanto em janeiro do ano passado 37% dos entrevistados achavam que a inflação iria ultrapassar os limites suportáveis e 56% apostavam que o desemprego também iria aumentar, hoje 73% têm certeza do aumento da inflação e 80% acreditam que o desemprego só tende ter seus índices aumentados.
Este índice em fevereiro foi o mais baixo desde que a pesquisa começou a ser feita. Numa escala de 0 a 200, em que a média considerada é 120, o ISC de fevereiro foi de 110,17 pontos. Comparado com outubro, quando Fernando Henrique foi reeleito, a queda foi de 8,78 pontos.
A expectativa do brasileiro em sair da crise passa acima de qualquer previsão das cláusulas do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com a pesquisa, 25% acreditam que só em mais de dois anos de luta é que o País retoma a rota do crescimento; 20% acreditam que o tempo pode variar de seis meses até um ano, e 17%, que levará mais de um e até dois anos. Os pessimistas absolutos, que acreditam que o País nunca vai superar a crise, foram 12% dos 2.007 entrevistados.

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