Fonte: DITPL/SMPL

O Produto Interno Bruto da cidade de Belo Horizonte, pesquisado pela Secretaria Municipal de Planejamento, evoluiu de R$ 14.816.575.000,00 no ano de 1996 (valores em reais de dezembro de 1997) para R$ 15.516.360.000,00 em 1997. O Setor Agropecuário é praticamente inexistente, sendo o setor de maior destaque o de Serviços. O Setor Industrial não tem uma participação muito expressiva, mesmo englobando a Indústria propriamente dita, Construção Civil e os Serviços Industriais de Utilidade Pública. A tabela 1 apresenta os valores do PIB belo-horizontino, valores convertidos em reais de dezembro de 1997 pelo IGP-DI.

Alguns aspectos relevantes devem ser ressaltados na estrutura do Produto Interno Bruto de Belo Horizonte, no período de 1996/1997. Em primeiro lugar, pode ser visto, na tabelas 1, que o PIB de Belo Horizonte cresceu consideravelmente neste período, acima inclusive da taxa de crescimento do pib brasileiro. Este crescimento foi de 4,74% de 1997 em relação a 1997, enquanto o PIB nacional cresceu apenas 3,2% no mesmo período.

Em termos setoriais houve um pequeno aumento na participação do setor industrial, de 18,81% para 18,86 decorrente do aumento da importância da Construção Civil como subsetor, em detrimento da indústria extrativa mineral e de transformação, bem como o subsetor de Serviços Industriais de Utilidade Pública.

O Setor de Serviços, por sua vez, apresentou um decréscimo também pequeno na sua participação, como reflexo do recuo do subsetor Aluguel ( de 5,43% par 5,26%) e do subsetor Administração Pública ( de 21,82% para 20,85%) apesar do crescimento da participação do subsetor Comércio/Serviços de 53,94% para 55,03%.

Já a comparação entre os dados do primeiro trimestre de 1998 com o mesmo período em 1997 apontam para uma clara reversão do quadro registrado em 1997. Em primeiro lugar, constata-se uma significativa redução do crescimento do PIB em relação ao de 1997,. Aparentemente, a economia de Belo Horizonte foi fortemente afetada pelas mudanças na conjuntura econômica nacional, resultando numa taxa de crescimento do PIB de apenas 1,04% em relação ao mesmo período de 1997. Os subsetores que ainda mantiveram um certo crescimento foram os Construção Civil Privada ( 25,58% ), Obras do Governo Federal (317,76 %), Instituições Financeiras (4,78%) e do Setor Administração Pública Municipal (6,75%) e Federal ( 8,27%). Os subsetores que apresentaram taxa negativa mais relevante foram os da Indústria Extrativa Mineral (- 56,46%), Obras Governo Estadual ( -72,77%) , Comunicações ( -31,75%) e Comércio Atacadista ( -15,59%).

Quanto à participação relativa dos três setores na estrutura do PIB, em relação ao 1o. Trimestre de 1998, o Setor Agropecuário mantém sua participação relativa, enquanto o Setor Industrial perde 0,12 pontos percentuais. O Setor Serviços, por sua vez, aumenta sua participação em 0,13% em função da redução da participação do Setor Industrial. Subsetores que perderam sua participação relativa no PIB foram a Indústria de Transformação e Extrativa Mineral, Obras PBH e Obras Governo Estadual, Comunicações, Aluguel e Administração Pública Estadual. Os Subsetores que aumentaram sua participação relativa foram a Construção Civil Privada, Obras Governo Federal, Energia Elétrica, Saneamento/Abastecimento, Coleta de Lixo, Comércio varejista, Instituições Financeiras, Transporte, Outros Serviços e Administração Pública Municipal e Federal Os demais subsetores mantiveram sua participação relativamente constante ou decrescente.

Os dados do PIB, ora divulgados pela SMPL da PBH , se mostram um dos poucos instrumentos para análise do desempenho da economia do município, mostrando como se dá sua evolução e permitindo ao poder público, empresários e consumidores uma ação mais eficiente para o desenvolvimento da cidade de Belo Horizonte.

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