Economia de Belo Horizonte

 

I- Nível de Preços

De acordo com os dados do IPEAD-UFMG, também em Belo Horizonte ocorreu deflação no mês de outubro. Pelo IPCA, que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, a queda dos preços foi de 0,10% no mês de outubro. O IPCR, referente às famílias com renda de 1 a 8 salários mínimos, no entanto, ainda indicou uma inflação de 0,06% no mesmo período.

            Entre os onze itens agregados que formam o IPCA, destacam-se apenas os aumentos nos preços dos produtos alimentares "in natura"de 3,94%.

 

IPCA - Índice e Variações 

Especificação

Índice

JUL

94=100 

(1) 

Variação 

Contribuição

na

Variação 

Geral

160,86

-0,10

0,66

1,80

-0,10

Alimentação

136,74

0,54

2,40

5,22

0,13

Alimentação na residência

132,45

0,72

3,65

7,66

0,13

Produtos industrializados

121,19

-0,04

-2,13

-1,20

0,00

Prod. elaboração primária

130,98

-1,00

4,99

6,59

-0,06

Prod. "in natura"

163,84

3,94

11,54

25,34

0,19

Alimentação fora da residência

145,74

0,08

-0,60

-0,47

0,01

Alimentação em restaurante

148,42

-0,10

0,05

-0,39

0,00

Alimentação em bar e lanchonete

139,49

0,53

-2,07

-0,58

0,01

Produtos não alimentares

170,65

-0,31

0,12

0,75

-0,23

Habitação

167,61

-0,42

-0,83

-0,70

-0,07

Encargos e manutenção

222,94

-0,26

0,77

1,39

-0,03

Artigos de residência

120,89

-0,70

-3,44

-4,04

-0,04

Pessoais

167,64

-0,21

0,44

0,90

-0,10

Vestuário e calçados

149,43

0,53

-4,86

-3,56

0,06

Saúde e cuidados pessoais

172,25

-0,90

1,60

2,09

-0,09

Despesas pessoais

175,38

-0,26

2,57

2,59

-0,06

Públicos

185,19

-0,48

0,26

2,08

-0,07

Transp. comunic. energia e IPTU

185,19

-0,48

0,26

2,08

-0,07

Fonte:IPEAD  

 

2- Cesta Básica

De acordo com pesquisa do IPEAD-UFMG, o custo da Cesta Básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação, definida pelo Decreto Lei 399/38, registrou, uma elevação de 2,02%. O valor da cesta em outubro foi de R$ 81,89 (oitenta e um reais e oitenta e nove centavos) e representou 62,99% do piso salarial do mês.

A elevação do custo da cesta em outubro foi, fundamentalmente, comandada pela grande alta no preço do feijão carioquinha de 17,89%.

 

Cesta Básica ( 1 ) em Real

Nova série

 

 

PRODUTOS

QUANTIDADE

VALOR
EM REAIS

Carne de Segunda

6.0 kg

-0,65

Leite Tipo C

7.5 L

-0,13

Feijão Carioquinha

4.5 kg 

2,39

Arroz

3.0 kg

0,03

Farinha de Trigo

1.5 kg

0,00

Batata Inglesa

6.0 kg

0,22

Tomate Santa Cruz

9.0 kg

0,19

Pão Francês

6.0 kg

-0,11

Café em Pó

0.6 kg

-0,02

Banana Caturra

7.5 dz

0,15

Açúcar Cristal

3.0 kg

-0,07

Óleo de Soja

900 ml

0,00

Manteiga

0.75 kg

0,01

 

 

 

CUSTO DA CESTA BÁSICA ( em R$ ) 

81,89

ÍNDICE ( JUN/94 = 100 ) 

149,87

VARIAÇÃO MENSAL

2,02 %

SALÁRIO MÍNIMO  (em R$)

130,00

ÍNDICE DO SALÁRIO MÍNIMO (JUN/94 =100) 

200,65

RELAÇÃO CUSTO DA CESTA/SALÁRIO MÍNIMO 

62,99%

1) A cesta básica representa os gastos com alimentação de um trabalhador adulto ( Dec.Lei 399/38).
Fonte: IPEAD-UFMG

 

3- Mercado Imobiliário

 

No mês de outubro, de acordo com pesquisa do IPEAD-UFMG , os apartamentos tiveram variação positiva de preços de 0,44%, dando continuidade à valorização em termos reais já que o IPCA-IPEAD registrou variação de -0,10% para o mesmo período. Por grupos de bairros, classificados por classe de renda, as oscilações de preços foram de 1,14% para apartamentos localizados no grupo popular, de 0,18% no grupo médio, de 0,12% no grupo alto e de 0,16% no grupo luxo.

            A oferta de apartamentos mostrou tendência de queda (-6,05%). Dado o fato de que não se efetivaram lançamentos no período, a oferta de apartamentos reduziu-se com mais intensidade, mesmo com a queda do número de unidades vendidas . Há muito tempo, desde a reformulação da pesquisa do IPEAD em 1994, que não se registra nenhum lançamento, tanto comercial como residencial, nas empresas pesquisadas .

 

 

Certamente, as complicações do cenário atual da economia brasileira, que se aprofundaram em outubro tiveram efeito negativo sobre as expectativas desincentivando novos lançamentos e o dinamismo das vendas. A velocidade de vendas (V.V.) de apartamentos recuou para 5,87%, revertendo a tendência de crescimento apontadas no período de junho a setembro . Destacaram-se as vendas no grupo de imóveis acabados (V.V. de 11,67%) e, dentro deste, o subgrupo de apartamentos na região luxo (V.V. de 20,86%).

            O setor comercial registrou elevação de 0,26% em seus preços. Por tipos houve aumento de preços para salas (0,05%), garagens (0,12%) e, de forma relevante, lojas (2,39%).O item andares corridos não apresentou alterações de preços. Como não aconteceram novos lançamentos a oferta comercial caiu 2,26%. Por tipos houve queda da oferta de salas (-2,39%), andares corridos (-11,11%) e garagens (-7,11%). As lojas, devido a distratos, tiveram crescimento de 0,88% na oferta.O desempenho das vendas também se reduziu no setor comercial. A velocidade de vendas de lojas, após a bom desempenho em setembro, atingiu 0,86%, menor patamar deste indicador desde a reformulação da pesquisa do IPEAD em 94. Para salas a V.V. também recuou atingindo 1,86% .

 

 

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