Conjuntura de Belo Horizonte

NÍVEIS DE PREÇOS EM BELO HORIZONTE

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, que mede os gastos da famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos em Belo Horizonte, apresentou uma variação de 1,10%, contra 0.83% na primeira quadrissemana do mês de outubro, segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas - IPEAD/UFMG.

As maiores altas verificadas no período foram nos preços dos aluguéis residenciais, 3,86% e combustíveis( Alcool e Gasolina) que conjuntamente representaram 12,5%. A contribuição na variação total do IPCA destes produtos foi de 0,47%. Dos onze itens agregados que compoem o IPCA, destacaram -se os alimentos em bar e lanchonete 3,10% e encargos e manutenção da habitação 3,00%.

Nas maiores quedas verificadas, destacaram-se os preços dos produtos "in natura" como o mamão (-55,06%), a banana(-18,24%), a melancia(-10,22%), a a cebola(-19,08%), ou seja, uma queda de 8,35%.

Quanto ao Índice de Preços ao Consumidor Restrito - IPCR, que refere-se às famílias com renda de 1 a 8 salários mínimos, a elevação apresentada no mesmo período foi de 1,13%, contra 0,92%.

Em que pese o impacto causado pelos preços dos aluguéis, ainda bastante siginificativos nos níveis de preços do Município, a tendência é de declínio, ou seja, 3,86%, contra 5,63% no mesmo período. O preço da mão-de-obra de automóvel que havia apresentado uma queda no período anterior -3,54%, nesta preimeira quadrissemana de outubro, apresentou uma elevação de 1,69%, contribuindo na variação do IPCA com 0,04%, sendo que o preço de outros produtos como cerveja(4,55%) e sapato masculino(7,59%), também contribuiram com o mesmo percentual na variação do IPCA. Produtos como: móvel de sala(8,69), cabelereiro e barbeiro(2,31), tênis de homem e mulher(5,51) e pão francês(5,70), contribuiram conjuntamente com 0,20% na variação do índice.

Apesar da elvação verificada nos níveis de preços de Belo Horizonte, provocado mais especificamente pelos preços dos combustíveis, de aluguéis residenciais, na primeira quadrissemana do mês de outubro e, considerando também a perspectiva de uma nova aceleração nos próximos meses, dada a chegada do natal onde sazonalmente o aumento do consumo tende a provocar um aumento dos preços, estima-se que a inflação no Município, medida pelo IPCA tende a permanecer sob controle, acompanhando a tendência nacional.

Tais perspectivas estão embasadas em duas hipótese básicas, a saber: a primeira de que como têm sido verificado, o consumidor brasileiro está a cada dia decobrindo a sua força para baixar os reajustes de preços injustificáveis e, este o faz seja através do boicote às compras ou mesmo pesquisando mais e comparando os preços no mercado, além é claro, de estar a cada dia mais atento à qualidade do produtos. Outra hipótese está relacionada à abertura do mercado e, à possibilidade de entrada de um maior número de produtos importados, principalmente de brinquedos, vestuário, dentro outros produtos que são consumidos de maneira mais intensa durante as festas de final de ano. Apesar do encarecimento das importações, em alguns casos compensará adquiri-los do que os produtos nacionais, o que de certa forma acabará forçando uma baixa dos preços destes últimos no mercado. Outro fator importante que, já foi levantado anteriormente é que os aluguéis residencias que contribuiram siginificativamente para a alta da inflação em Belo Horizonte, encontram-se neste momento em verdadeira queda.

Os dados indicam uma queda dos preços dos aluguéis residencias no Município, principalmente a partir de maio do corrente ano, quando a variação mensal ficou abaixo de 0,5%, sendo que em julho foi inclusive negativa. Os aluguéis dos imóveis comerciais recrudescerem também os seus preços, apresentando uma alta no mês de junho, porém tornam a cair em julho e, novamente elevar-se em agosto.

Dentre os fatores que contribuiram para a queda de dos preços dos aluguéis tanto residenciais, como numa menor propoção os comerciais, pode-se destacar o aumento da oferta. Só no mês de agosto foram ofertados 3.166 apartamentos no Município, dos quais a maior parte se concentraram nos bairros de renda alta(990) e média( 1.018). No caso dos imóveis comerciais foram colocados no mercado 554 salas, 159 lojas e 12 andares corridos. Dado que principalmente nestes últimos parte sigificativa foi destinados para aluguel, o impacto sobre os preços teve uma grande relevância para a queda dos preços.

A oferta de imóveis para locação, tanto residencial como comercial vêm crescendo, resultando num impacto direto sobre os preços, como no preço dos apartamentos de dois quartos(-1,15) e, mesmo considerando uma elevação dos preços das casas 3,76% e dos barracões 3,99%, nos demais casos, estes estiveram abaixo do IPCA, ou seja, 0.60% dos apartamentos., salas -4,52%, galpões -3,72% e andares corridos -2,46%.


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